quarta-feira, 13 de maio de 2015

Quinto dia.

Adentramos em meio a uma vasta fazenda de trigo.
Camponeses agitados, com medo de algo que estava por acontecer, corriam em desespero rumo ao reino em que viviam.
O prenúncio de um confronto.
Em meio ao campo de trigo, avistamos a nossa direita, um reino sendo alertado por algo que estava por vir.
À esquerda do nosso grupo, um exército enorme preenchia toda a trajetória "de norte a sul", ao longo das terras deste reino.
Catapultas, aríetes, espadachins, lanceiros, arqueiros e milhares de cavaleiros, se posicionavam ordenadamente, ao som de tambores. Ao longe víamos, de um canto ao outro, um Cavaleiro Negro, empunhando uma espada, erguida ao céu, proclamando algo, que distante se ouvia, num dialeto desconhecido por nós.
Então ele parou.
e antes que a ordem fosse dada, sabíamos o que deveria ser feito naquele instante.
Sobre os campos de trigo, avançamos a nossa cavalaria.
Mas perceberam a nossa presença, e passamos a ser alvo de ambas as tribos.
O céu veio abaixo, carregado por flechas oriundas do reino.
Muitos de nós pereceram, alvejados pelas flechas e alcançados pelo exército opressor.
Apenas 53 cavaleiros conseguiram resistir aos 3 km de travessia, necessários para fugir do cerco à fortaleza, que acabou por ser dominada.
Sobrevivemos mais um dia, perseguidos pela inevitável morte que um dia nos alcançará.

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